Entre o azul e o vermelho, a arte é imortal.

Rodrigo Zin

Música e design num ritmo intenso

Uma fusão de estilos musicais com identidade visual forte e única. Assim é o trabalho do cantor, compositor e produtor cultural curitibano Rodrigo Zin, que acaba de lançar seu mais novo trabalho, o conceitual “Grana Azul”.

Já disponível nas principais plataformas musicais, o álbum “Grana Azul” é um épico rap sobre um mundo pós-apocalíptico e sua relação com o afeto e perdas das pessoas. É uma realidade de um planeta sem água, com humanos sujos que só vivem pelo dinheiro e tentam sobreviver sob um céu vermelho, manchado pela poluição das empresas.

Lançado no dia em que Rodrigo Zin atingiu a marca de um milhão de plays na plataforma Spotify, “Grana Azul” traz 15 faixas unidas por transições que fazem da obra uma única história.

Trajetória

Aos 24 anos, o artista descobriu sua vocação ainda na infância, sob o impacto da revolucionária banda Gorillaz, composta por personagens de animação que davam vida aos músicos que se apresentavam sempre atrás das telas de projeção.

“Tudo me interessou. As frases rimadas, a animação, os timbres. Ou seja, já naquela época eu entendi que eu não tinha um gosto musical específico. E meu carinho pelo experimental e pela mistura de gêneros musicais só foi aumentando desde então”, conta Rodrigo.

A Gorillaz influenciou Zin também em sua formação profissional de designer. O interesse pelas artes visuais, paralelamente ao gosto pelos mais diferentes estilos musicais, resultou em um estilo autoral influenciado por vertentes sonoras tão diversas como MPB e trap music.

Zin começou a compor letras de rap e rock no começo da adolescência, criando histórias ou se influenciando pelo mundo à sua volta. Com o passar dos anos, se dedicou aos estudos de produção musical e vocal e a encontrar a sua voz. Hoje mistura a poesia do cotidiano de nomes da MPB como Los Hermanos e Cícero com a brasilidade de Criolo e os samples do Papatinho, a produção de Kanye West e a busca pelo novo de artistas como Donald Glover/Childish Gambino, Frank Ocean e Jaden.

“Nessa época, já estava trabalhando em vários discos, bolando conceitos, criando artes e querendo viver de música, entendendo que a mesma é um produto, mas eu não queria perder a minha essência ao vender a minha arte. Eu quero fazer meu filme, fazer meu livro, fazer meu disco e se for pra lucrar, que seja lucrando com minhas histórias… aquelas que eu criei quando era uma criança, pré-adolescente, e mantendo a minha essência”, conta.

Trabalhos

A carreira musical de Rodrigo Zin começou com os EPs “Depois de Tudo”, de 2013 (atualmente indisponível), e “Canções para Você”, de 2016. A consolidação veio em 2018, com o lançamento de mais três álbuns. Dois deles, “Francisco Oceano” e o “Fazendo Grana Pro Meu Filme” contam a história do personagem imortal, chamado “Ninguém”, da Vida e da Morte – e explica como o mundo está em colapso por causa das poluições (sejam figuradas ou não).

No total foram lançados 6 clipes do disco “Francisco Oceano” com apoio da Affluence Films e 2 clipes do “FZND GRN PMF”, como o segundo álbum também é conhecido. Um deles, para a faixa “O Mais Vendido”, foi premiado cinco vezes na Hollywood Film Academy Awards.

Já o álbum “Fazenda Diamante”, disco colaborativo com o produtor renomado Will Diamond, traz uma pegada trap e foi coroado como artista revelação do ano pelo Genius Brasil.

No recém-lançado álbum “Grana Azul”, destacam-se várias outras parcerias e participações especiais, com diversos artistas brasileiros como GABZ, Tuyo, FBC, Aka Rasta, Delatorvi, Wiu, Nanda Oliveira (N/O), Bruno Nix, Sotam, Young Daddy, Isabella Assumpção, Cidrais, Scarp, Ardlez, Nadime, Johaine, niLL, Negus (Nego E), .enzo e Chediak.